Arquivo mensais:maio 2014

Senado aprova alterações nas regras sobre terrenos de marinha

Ocupantes dessas terras têm até um ano depois da vigência da emenda para registrar áreas ocupadas

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou na semana passada, em Brasília, alterações nas regras que hoje atribuem exclusivamente à União o domínio sobre os terrenos de marinha, como são chamadas as faixas de área às margens do litoral e dos rios navegáveis.

O relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES) recomendou a aprovação da emenda por meio de um texto substitutivo mantendo parte dos atuais terrenos de marinha e acrescidos (que se originaram de áreas originais de mangues) sob o domínio da União, mas também transferindo parcelas aos estados e municípios, além de assegurar a legalização plena da propriedade em favor dos atuais donatários, cessionários e ocupantes foreiros. 

O relator foi além, ao abrir caminho para favorecer ainda os simples ocupantes, aqueles que não possuem contratos de aforamento ou sequer estejam registrados como posseiros no Patrimônio da União. Pelo texto, eles terão prazo de até um ano depois da vigência da emenda para registrar as áreas ocupadas e assim poder se habilitar ao pleno domínio. Resta acompanhar as discussões até a chegada do texto no Plenário.

HORA DE SANTA CATARINA

Mário Motta

mario.motta@rbstv.com.br

Ilha à venda pela Buch Imóveis

Ponta do Papagaio 51

 

Ilha do Papagaio Grande – Palhoça – Santa Catarina

http://www.buchimoveis.com.br/comprar-ilha-ilha-vieira-imaru%C3%AD-sc/2163006

 

 

Feirão da casa própria gera R$ 142 milhões em negócios em Joinville

A 10ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria gerou R$ 142 milhões em negócios, 15% a mais do que no ano passado, informou a gerente regional da Caixa, Janice Vieira. Em 2013, foram encaminhados 1.285 negócios, o equivalente a R$ 130 milhões.


Realizada no Expocentro Edmundo Doubrawa, de sexta a domingo, atraiu 12 mil visitantes, O evento é uma boa pedida para poupar tempo e sanar as incontáveis dúvidas que sempre surgem nesse momento, pois, em um só lugar, 45 expositores de imobiliárias, construtores e incorporadores apresentaram cerca de 5 mil opções de imóveis disponíveis no mercado. 

O valor dos imóveis ofertados variava de R$ 55 mil a R$ 3 milhões. O Sistema Financeiro de Habitação permite utilizar o FGTS para imóveis de até R$ 650 mil, a taxas a partir de 4,5%. Percentual inferior a outras taxas como a Selic, que está em 11% ao ano e a poupança, 6% ao ano. Mas pessoas físicas e jurídicas podem financiar com recursos da Caixa Imóveis valores acima deste limite. 

Construtores, incorporadores e corretores apresentaram mais de cinco mil opções

Fonte: A NOTÍCIA

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Feirão Caixa em Joinville oferece opções de imóveis para todos os bolsos e gostos

Evento começa nesta sexta-feira 23/05/2014 e vai até domingo no Expocentro Edmundo Doubrawa

Camila Nunes

O sonho da casa própria poderá se tornar realidade para muitas pessoas entre esta sexta-feira e domingo em Joinville. Cerca de 5 mil imóveis estarão à venda na 10ª edição do Feirão da Caixa no Expocentro Edmundo Doubrawa, no Centro da cidade. Haverá opções para todos os gostos e preços. Casas e apartamentos novos, usados e na planta.

— O feirão é uma ótima oportunidade para o público encontrar em um único lugar várias opções de imóveis e preços —, ressalta o superintende regional da Caixa Econômica, Wilson Zarpelon.

O espaço de mil metros quadrados será ocupado por 45 expositores de construtoras, incorporadoras, imobiliárias e correspondentes da Caixa Aqui. O imóvel mais barato custará R$ 55 mil. Também haverá opções mais sofisticadas de até R$ 3 milhões.

Em relação à forma de pagamento, os clientes poderão analisar as melhores condições de mercado com especialistas de imobiliárias e construtoras. Será possível pagar a primeira parcela somente em janeiro de 2015 e financiar a casa própria em até 35 anos. Além disso, é possível usar o FGTS para comprar imóveis que custam até R$ 650 mil. As taxas de juros partem de 4,5%. Os interessados em fechar negócio durante o evento devem levar os seguintes documentos para fazer o requerimento do crédito para casa própria: identidade, CPF e comprovante de renda.

—O cliente pode ter o financiamento aprovado já na feira—, ressalta Zarpelon.

O quê: Feirão Caixa
Onde: Expocentro Edmundo Doubrawa.
Quando: sexta-feira, das 16 às 21h. Sábado: das 10 às 21h. Domingo: das 10 às 19h.

Financiamento Minha Casa, Minha Vida

O recurso é do governo  federal e o imóvel deve custar até  R$ 145 mil e ser novo. A renda bruta familiar não pode  ultrapassar R$ 5 mil. Recursos próprios da Caixa Econômica Federal.

Os recursos são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Não há limites de renda nem de valor do imóvel.

Para se enquadrar no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e utilizar recursos do FGTS, o imóvel não pode ultrapassar R$ 650 mil. O que varia na hora de financiar um imóvel com a Caixa são as taxas de juros e subsídios.

Planejamento antes da compra | Entrevista com Anemarie Dalchau A Notícia – Vale a pena adquirir um imóvel durante o feirão?
Anemarie Dalchau
 –
Eventos como estes podem, sim, oferecer boas oportunidades. Afinal, estarão presentes construtoras, imobiliárias, sistema financeiro. Isto, por si só, favorece e facilita ao consumidor que irá analisar ofertas em um único local.

AN – Para quem tem emprego fixo, mas não tem dinheiro guardado na poupança, é boa opção financiar um imóvel?
Anemarie – Quem tem uma renda fixa a partir do emprego fixo e não tem uma poupança prévia precisa analisar a situação. O que é um emprego fixo? Seria um emprego formal? No setor público, podemos considerar que o emprego é fixo, mas no setor privado isto não é uma realidade, pois podemos perder o emprego a qualquer momento.

AN – Os juros são atrativos (a partir de 4,5%)?
Anemarie – 4,5% de juros são atrativos se compararmos com os juros básicos da economia, como a taxa Selic ou a poupança. A Selic está em 11% ao ano e a poupança, 6% ao ano.

AN – Financiar um imóvel é uma boa opção ou a melhor alternativa é comprar à vista?
Anemarie –
 Sempre que se tem o recurso disponível, a opção à vista é melhor. Porém, volto à questão do planejamento. Por exemplo: este é o único dinheiro que você tem? E se você perder o emprego? E se tiver um problema de doença na família? Estes e outros itens devem ser considerados antes de tomar a decisão. Talvez possa optar por pagar parte à vista e financiar o restante, mas é importante analisar a taxa de juros. Ser for 4,5%, vale a pena, pois você pode “guardar” uma parte na poupança ou em um fundo de investimentos para corrigir seu capital.

AN – Qual a porcentagem que uma família deve destinar da renda para as parcelas de um imóvel?
Anemarie –
 É uma questão muito pessoal. No mercado, trabalha-se com até 30% do rendimento líquido. Há bancos mais conservadores, que estipulam valores inferiores, como 20%. Este é um valor seguro tanto para o agente financeiro quanto para o cliente, pois é importante lembrar que será um endividamento de longo prazo (dez anos ou mais em geral).

AN – Quando o financiamento é uma boa opção?
Anemarie –
 Quando não se tem recursos prévios e o custo x benefício da compra é a melhor opção se comparada a outras, como morar com a família enquanto constrói uma casa com recursos próprios.

Dicas
Uma orientação importante é fazer uma poupança nos primeiros anos da vida laboral. O próprio FGTS pode ser uma opção, além de ser um dinheiro que poderá  ser usado em uma emergência  ou até mesmo para amenizar futuras parcelas do empréstimo.

Para quem já tem mais de dez anos de vida laboral, o valor acumulado do FGTS pode ser usado para negociar o abatimento do financiamento ou para pagamento de parcelas.

O financiamento deve compensar o aluguel. Por exemplo, se existe a possiblidade de você ser transferido para melhores oportunidades de emprego, vale a pena comprar
um imóvel? É preciso analisar esta situação.

Financiamento de imóvel requer planejamento de longo prazo.

A instituição financeira será sua sócia ou até mesmo  herdeira durante todo o prazo.

A NOTÍCIA

 

Venda exclusiva de imóveis apresenta vantagens para o cliente e a imobiliária

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Profissionais do mercado garantem que essa forma de negociação tem bons diferenciais. Entre eles, agilidade na comercialização

O crescimento e a profissionalização do mercado imobiliário geram um maior conhecimento sobre as leis e normas que regem o segmento e, consequentemente, a busca por negócios cada vez mais eficientes. Uma dessas regras é o contrato de venda de imóveis com exclusividade, que pode proporcionar vantagens tanto para o consumidor quanto para a imobiliária.

Um dos benefícios é a rapidez de venda do imóvel, como apontou levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG) no ano passado. De acordo com o trabalho, cerca de 89% dos imóveis vendidos rapidamente foram negociados apenas por um corretor de imóveis ou uma imobiliária.

“Com a exclusividade, tive atenção do corretor,

 que me informava com transparência as negociações

 realizadas com potenciais compradores” –

Aline Couto, servidora pública

Segundo o broker da unidade imobiliária RE/MAX Seven, Fabrício Machado, a venda exclusiva de imóveis não é só prioridade em sua imobiliária, mas a única forma de trabalho, já que está comprovado que mais de 80% dos imóveis exclusivos são vendidos rapidamente. “Esse processo gera mais facilidades para divulgar e trabalhar o imóvel na busca por melhores resultados”, diz.

Outra importante vantagem é a segurança do contrato exclusivo. Segundo Fabrício, trabalhar com muitas imobiliárias ao mesmo tempo pode acarretar uma série de inconvenientes, como visitas sem autorização, especulação, visibilidade negativa para o imóvel, informações falsas, furtos e fraudes em contratos, já que o proprietário do imóvel passa a documentação para várias imobiliárias e não tem controle de nada. “A exclusividade garante maior eficácia na execução da atividade profissional, com planejamento específico, divulgação intensa e direcionada”, explica.

Quem passou pela experiência de negociar seu imóvel com exclusividade e aprovou a ideia foi a advogada Aline Couto. “Inicialmente, a experiência me pareceu inovadora. Algumas pessoas me orientaram a não fazer o contrato de exclusividade, pois a venda poderia ser mais rápida se o imóvel fosse negociado em mais de uma imobiliária. Mesmo assim, acreditei na proposta”, diz.

Seguindo a orientação de um amigo, que recomendou o serviço, ela apostou na ideia e não se arrepende. “Ele havia tido êxito e satisfação na venda de um imóvel, em condições similares. E achei interessante diferenciais como estar isenta de lidar com imobiliária e corretores com modos distintos de trabalho. Com a exclusividade, tive atenção do corretor, que me informava com transparência as negociações realizadas com potenciais compradores quase diariamente”, aponta Aline.

A advogada conta que ao fim de um mês a imobiliária passou um relatório completo e detalhado, apresentando todos os aspectos que envolviam as tentativas de venda do imóvel. “Os dados eram precisos, com informações a respeito da divulgação e os comentários dos interessados no apartamento. Fiquei muito satisfeita quando consegui firmar o contrato de compra e venda em 40 dias. Para mim, um prazo muito bom e curto.”

Negócio transparente

Captação exclusiva evita desgastes e gera maior segurança para proprietários e interessados no imóvel. Profissional deve ser referendado pelo Creci

Maior segurança física do imóvel e para as pessoas envolvidas, rapidez no negócio, dedicação e investimento do profissional devido à segurança adquirida para expor o imóvel. Essas são algumas das vantagens destacadas pelo diretor da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Jamerson Leal.

A captação exclusiva é vantajosa também para quem vai comprar, segundo ele. “Há maior transparência nas informações, otimização nas visitas ao imóvel, evitando que o cliente se desloque para visitar um imóvel já visto, gerando segurança e tranquilidade necessárias durante uma negociação”, afirma Leal.

De acordo com o broker da unidade imobiliária RE/MAX Seven, Fabrício Machado, as pessoas tendem a pensar que colocar o imóvel para ser vendido em várias imobiliárias possibilitará um retorno mais rápido na negociação. “Entretanto, não é o que ocorre, uma vez que raramente uma empresa se empenhará em um negócio que não tem garantia, com um contrato de exclusividade, do retorno financeiro investido”, afirma Machado.

Para que haja, de fato, a captação exclusiva, é necessário que o corretor evidencie e esclareça ao proprietário do imóvel as vantagens que ele terá com a negociação, como destaca Jamerson Leal. “Essa exclusividade é assegurada por meio de um contrato bem elaborado entre as partes.”

Com a exclusividade, o corretor ou a empresa imobiliária vai dar mais foco à venda daquele imóvel, reitera o diretor da CMI. “Com certeza, a venda com exclusividade já faz parte de um cenário em que cada dia mais se busca a qualificação e os cuidados que um negócio imobiliário requer.”

Leal acrescenta que o fato de o proprietário do imóvel ter nomeado um corretor ou imobiliária com exclusividade não significa que somente aquele irá vender seu imóvel. “Atualmente, corretores e imobiliárias trabalham em parceria para compra e venda de imóveis, normalmente, por meio de redes imobiliárias. Ou seja, o imóvel é vendido por vários profissionais. Mas apenas um é responsável por ele, o que detém a exclusividade. É ele quem zela pelo imóvel e procura otimizar os negócios com os demais profissionais, fazendo com que os resultados se multipliquem.”

Fabrício Machado, broker da unidade imobiliária

da RE/MAX Seven, defende a exclusividade pela

facilidade para trabalhar o imóvel para obter

os melhores resultados

A corretora da RE/MAX Mix Betânia Garcia reconhece que a maioria das captações é para contratos abertos, ou seja, quando o proprietário pode promover a venda do imóvel com mais de uma imobiliária ou corretor. “Mas, após o primeiro contato, o corretor busca transformar a captação aberta em exclusiva. O profissional apresenta ao proprietário as vantagens dessa modalidade de venda, como a utilização de um plano de marketing e investimentos em publicidade.”

Quando é o caso de clientes fixos da imobiliária ou corretor, a busca pelo contrato de exclusividade é natural, como diz Betânia. “Já quando o cliente não se interessa, o corretor propõe um período de experiência de 90 dias para que o proprietário do imóvel possa perceber e usufruir das vantagens. Na RE/MAX, o período é utilizado para a apresentação do plano de marketing, ferramenta que mostra ao potencial comprador os benefícios e peculiaridades do imóvel à venda.”

Betânia Garcia conta que na RE/MAX o plano de marketing apresenta todas as informações referentes ao imóvel. “Como vizinhança, média de preços que possibilitam ao comprador uma noção do custo de vida local, histórico da casa, comércios e instituições próximas, segurança da vizinhança, entre outras informações. Assim, esse comprador tem certeza do negócio e a chance de erro é mínima. Em venda aberta, essas informações não são de fácil acesso para o comprador.”

REGULAMENTAÇÃO

Com relação aos aspectos legais desse tipo de negociação, o diretor-executivo da Rede Imvista, Patrick Costa, diz que não existe no Código Civil uma descrição sobre captação exclusiva. “Há apenas uma regulamentação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), que obriga o profissional do mercado a trabalhar com uma autorização de venda sobre o imóvel. No caso da captação exclusiva, apenas uma imobiliária detém a autorização para fazer o negócio.”

Diretor executivo da Rede Imvista,

Patrick Costa recomenda pesquisa prévia

para saber se a imobiliária é confiável

Para quem vai optar por essa modalidade de negociação, Patrick recomenda fazer uma pesquisa prévia para saber se a imobiliária é confiável, e também manter contato regular com ela. “Dessa maneira, ele conversará e negociará diretamente com uma empresa, o que torna o trabalho mais fácil e seguro. Caso contrário, ele gasta muito tempo mantendo contato com diferentes entidades.”

Jamerson Leal diz que é necessário eleger um corretor ou empresa credenciada e devidamente registrada no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), “com boa performance no mercado imobiliário e que esteja realmente comprometido em prestar um serviço com qualidade e principalmente com a ‘saúde’ que o negócio requer”.

Para Betânia Garcia, é importante que o consumidor verifique a certificação do corretor ou imobiliária em que vai fazer o negócio. “Saber se o corretor é habilitado e, quando estagiário, se é supervisionado por um corretor habilitado. Buscar essas informações antes de qualquer negociação pode protegê-lo de eventuais dores de cabeça”, conta.

Particularidades da venda com exclusividade

» O cliente tem um único interlocutor, ou seja, uma pessoa responsável pela venda.

» Se o captador que trabalha com exclusividade não tiver o cliente para fazer a venda, ele terá tranquilidade em procurar parcerias para a efetivação do negócio.

» Não existindo a exclusividade, o proprietário pode negociar com qualquer pessoa e ninguém assumirá a responsabilidade sobre o imóvel em relação a eventuais imprevistos.

» O captador com exclusividade representa e defende os interesses do proprietário na venda do imóvel. Assim, o proprietário recebe a melhor prestação de serviço.

Por: Júnia Leticia – Estado de Minas

Fonte: Lugar Certo

Dicas: Como comprar um lote com segurança.

Para auxiliar o consumidor e evitar que ele tenha problemas ao adquirir um terreno em loteamentos, o Secovi-SP orienta como proceder e quais os documentos necessários

Importante componente para a redução do déficit habitacional, o lote sempre figurou como alternativa para a realização do sonho da casa própria. O lote urbanizado embute vantagens como, por exemplo, ter o custo de sua aquisição, somado à construção, mais acessível do que um imóvel pronto. Além da flexibilização no projeto, permite ainda que a obra seja executada de acordo com as condições financeiras do comprador e a possibilidade de ampliação do imóvel.

A maioria dos loteamentos é comercializada por meio de financiamento direto do loteador, com prazos inferiores aos praticados pelas instituições financeiras que operam o crédito imobiliário – e que geralmente financiam 70% do valor, com juros mais caros. Também não existe acesso aos recursos legais do FGTS para o financiamento ou a quitação de terrenos, algo que o setor formal continua pleiteando junto ao governo.

Com o objetivo de auxiliar o consumidor em sua escolha, o Secovi-SP relaciona os documentos e procedimentos necessários para efetuar a aquisição responsável do lote urbanizado.

Documentos necessários:

. Alvará de Loteamento – autorização da Prefeitura para a execução do empreendimento;

. Licença ambiental – que autoriza a execução do loteamento (no Estado de São Paulo, esse documento é o Certificado do Graprohab ou a Licença de Instalação da Cetesb/Secretaria do Meio Ambiente);

. Matrícula do Loteamento – (documento do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca em que o empreendimento está localizado), demonstrando que foi registrado. Esse documento garante que o lote é legal;

. Termo de Vistoria e Entrega das Obras – considerado o Habite-se do loteamento, é emitido pela Prefeitura da cidade onde o empreendimento se encontra, e comprova que o loteador cumpriu todas as etapas da obras às quais estava obrigado. Caso o loteamento esteja em obras, é importante ter o documento da Prefeitura (instrumento de garantia) que informa quais são as obras de infraestrutura urbana que o loteador está obrigado a implantar;

. Compromisso de Compra e Venda – (contrato padrão) – documento que o loteador é obrigado a depositar no Cartório de Registro de Imóveis e no qual constam as regras edilícias do loteamento, bem como as obras obrigatórias, e todas as regras de relacionamento entre o vendedor (loteador/proprietário do loteamento) e o adquirente (consumidor);

. Certidão negativa de IPTU – Documento que comprova que não há débitos no recolhimento do imposto territorial urbano do lote pretendido na aquisição;

. Certidão negativa de débitos – para com a Associação de Proprietários, caso se trate de loteamento fechado (semelhante ao condomínio). Verificar se não há pendências do loteador/proprietário do lote com a entidade que congrega todos os proprietários de lotes do empreendimento;

O que fazer:

De posse dos documentos acima, o interessado deve percorrer o loteamento para constatar se tudo o que foi prometido ou executado se encontra efetivamente no local – principalmente a demarcação e a identificação do terreno. Ou seja, conferir as divisas, bem como os marcos respectivos.

É importante também confirmar a documentação por meio de uma visita à Prefeitura local e no Cartório de Registro de Imóveis competente.

Fonte: Portal VGV

 

Mercado procura corretores de imóveis.

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O aquecimento do mercado imobiliário ao longo dos últimos anos criou um déficit de profissionais para o segmento. Segundo o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), autarquia que regulamenta o setor, o país tem hoje 220 mil corretores de imóveis – mas a entidade garante que há espaço para o triplo.

A quantidade, no entanto, não para de crescer. Nos últimos dez anos, de acordo com levantamento do Conselho, cerca de 65 mil pessoas aderiram à profissão. Segundo o presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva, 10.472 corretores atuam no Paraná. “O número de profissionais no estado teve um crescimento de 24,5% em 2010, acima da média nacional, que foi de 13%.” Para 2011, a expectativa é de crescimento no mesmo ritmo. Com as vendas em alta, a remuneração do setor tem se mantido bastante atraente – o salário varia conforme o volume de negócios fechados, mas segundo o Cofeci, o rendimento não fica abaixo dos R$ 3 mil mensais.

Qualificação

A competitividade natural da profissão, no entanto, tem determinado a necessidade de qualificação. Embora para conseguir a inscrição nos Conselhos Regi­onais de Corretores de Imóveis (Creci) exista apenas a exigência de ensino médio completo e do curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), o mercado tem pedido mais. “É preciso ter boa noção de finanças, administração e informática”, opina Marcelo Freitas, que há 17 anos atua no mercado e hoje gerencia uma equipe com 25 corretores. Freitas diz que a graduação em Publicidade e Propaganda abriu o caminho para aumentar sua capacidade de negociar. “Fiz outros cursos de curta duração e hoje posso atuar também como avaliador de imóveis”, diz.

De acordo com o levantamento do Cofeci, 52% dos profissionais têm curso superior e as formações mais recorrentes são Direito, Administração e Enge­nharia. Ainda pouco difundido no país, o curso superior em Negócios Imobiliários é uma das bandeiras da entidade para aumentar a profissionalização. A grade contempla direito imobiliário, arquitetura e finanças, entre outros tópicos. O curso existe há cinco anos e 5,5 mil corretores (2,5% do total do país) concluíram a graduação. “O número ainda é pequeno, mas a existência de formação específica para a área faz despertar nos jovens a vontade de construir carreira no ramo imobiliário”, analisa a corretora e proprietária de uma franquia da imobiliária Apolar, Silvana Kuster, que concluiu o curso – com duração de dois anos – em 2009.

“Qualificados, os corretores passam de intermediadores de uma relação de compra e venda para consultores aptos a solucionar problemas dos clientes e não preocupados em ‘vender a qualquer preço’”, aponta o superindentende da imobiliária Apolar, Jean Michel Galiano, que reconhece a dificuldade em encontrar corretores com esse perfil no mercado.

A mudança gradativa no perfil dos corretores, aliando juventude e qualificação, é vista por Silvana como o caminho no mercado imobiliário. Segundo o Cofeci, nos anos 1970 a média de idade dos profissionais era de 60 anos. Hoje está em 38 anos. Já a participação feminina nos cadastros da entidade passou de 8% para 20% nos últimos dez anos.

Fonte: Gazeta do Povo
Daliane Nogueira

Casas vivas: versatilidade é fundamental

Ao longo dos séculos, multifuncionalidade é característica comum às moradias.

RIO – Numa época em que não havia encanamentos para levar a água até em casa, eram comuns os banhos públicos em termas onde, muitas vezes, homens e mulheres compartilhavam as banheiras. Hoje, numa mesma casa, cada morador tem sua suíte privativa e a intimidade garantida. Essa evolução dos cômodos, como o banheiro, salas e quarto, é traçada pela jornalista espanhola Anatxu Zabalbeascoa no livro “Tudo sobre a casa” que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Gustavo Gili.

— De maneira geral, apartamentos pequenos são comuns na Europa há décadas. Com pouco espaço, você é obrigado a escolher: ou tem privacidade ou espaço — diz Anatxu, em entrevista ao GLOBO por e-mail.

Ao longo dos tempos, a casa realmente precisou se adaptar aos costumes e rotinas de seus moradores. Não à toa, na era da informação e das famílias estendidas, vem se tornando o espaço da versatilidade, destaca a autora:

— Uma grande porcentagem da família moderna é formada por pais divorciados, com filhos em comum ou não, e as casas mais bem preparadas para receber essa diversidade são as mais versáteis, aquelas que podem mudar conforme nós mudamos. Aquelas que parecem vivas, justamente por essa capacidade de se adaptar.

Autor do prefácio do livro, o arquiteto e professor da USP João Whitaker lembra que essa capacidade de adaptação é muito presente em casas mais pobres:

— Da precariedade surgem, muitas vezes, soluções inovadoras. E nas classes de renda mais baixa, famílias inteiras vivem em um ou dois cômodos, então a adaptação é uma necessidade.

Privacidade surge no século XVIII Já na classe média, essa adaptação se torna necessária tanto nos cômodos quanto no mobiliário. No período medieval, quando a casa se resumia à sala — usada para trabalhar, cozinhar, dormir — e havia poucos móveis, a arca era a principal peça por sua multifuncionalidade: servia para guardar roupas, alimentos e utensílios, era assento e ainda podia passear pelos cômodos. Hoje, a carência de espaço dita os modismos de móveis, que assumem várias funções, e das áreas sociais integradas.

— Quando juntamos cozinha, jantar e estar, criamos um espaço maior que serve a vários propósitos. E ao fazer isso, deixamos de precisar de duas mesas. Podemos ter apenas uma, grande, ou extensível. A arquiteta Patricia Urquiola sempre diz: “casa pequena, mesa grande”. Assim, você pode comer enquanto seu filho estuda. Essa ideia da vida comunal está também na origem da casa e sinto que temos que voltar a ela — analisa Anatxu.

Para a arquiteta Helena Lacé, professora do curso de design de interiores da Escola de Belas Artes da UFRJ, contudo, a intimidade ainda é algo importante:

— Nossas casas ainda são bastante compartimentadas. Os quartos ainda guardam nossa privacidade. É que a noção de intimidade não existia até o fim do século XVIII. Os banhos públicos, por exemplo, começaram na Roma Antiga, foram proibidos em Constantinopla e voltaram a se espalhar pela Europa medieval, quando as pessoas podiam não só se banhar, mas cortar o cabelo, jantar. Uma variedade de usos que culminou no que foi considerado promiscuidade e acabou sendo proibido.

Já dentro das residências, na falta de sofás — criados no século XVIII —, era nas camas confortáveis, que se recebiam as visitas. No Renascimento, era comum a dama de companhia da rainha dormir com ela na cama. E, nas classes mais pobres, várias pessoas da família dividiam — e ainda dividem — a mesma cama.

Projetos de apartamentos com plantas livres, com sistemas modulares, tendem a crescer

Hábitos parecidos em classes diferentes não acontecem à toa. O livro “Tudo sobre a casa” mostra como, ao longo dos séculos, as inovações que surgiram nas classes dominantes foram sendo assimiladas pelas mais pobres. No quesito decoração, o que era moda no design de interiores dos palácios franceses do século XVIII logo se espalhava pelas cidades europeias. E, em ritmo mais lento, ganhava também as casas menos abastadas. Foi o que aconteceu com o sofá, criado nessa época e até hoje central na casa, e com a própria sala como espaço de convivência e estar.

Hoje, no Brasil, isso pode ser percebido na atuação do mercado imobiliário. Mudanças como a integração de áreas sociais são um exemplo. Mais recentemente, começaram a surgir, em empreendimentos de luxo, as plantas livres em que o comprador define como será a configuração do espaço doméstico.

— As plantas livres ainda estão começando, com sistemas modulares que oferecem possibilidades de transformações. Agora, quando isso será oferecido mais largamente, é difícil dizer porque ainda é algo muito caro no Brasil — exemplifica o arquiteto João Whitaker.

Redução de custos e recursos, aliás, são apontados como os desafios da casa nos próximos anos. Para a autora Anatxu Zabalbeascoa, é preciso definir em que mundo queremos viver:

— Temos dois desafios: construir casas que nos permitam economizar energia e água e dar à humanidade casas dignas. Ambos deixam em nossas mãos criar o mundo onde queremos viver. E acredito que, se não criarmos soluções mais sustentáveis, não teremos futuro. Para a arquiteta Helena Lacé, da UFRJ, a sustentabilidade tem força, inclusive, para mudar a arquitetura interior das residências.

— A cozinha já é hoje mais uma área social que de serviço e acho que a tendência é que esse espaço do serviço vá desaparecendo mesmo. A lavanderia, por exemplo, tende a virar um armário como já acontece em casas americanas. E precisamos aprender a usar menos e melhores eletrodomésticos, até para poupar o espaço que é cada vez mais restrito nas cidades. E, com isso, acredita Helena, os condomínios com maior infraestrutura e grandes espaços de convivência devem permanecer, pelos próximos anos, como alternativa à ocupação das ruas, ainda violentas nas grandes cidades.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/imoveis/casas-vivas-versatilidade-fundamental-12452903#ixzz31oPSgz1g

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Cuidados que devem ser tomados para uma compra segura, em especial atenção aos imóveis na planta

Autor: Renato Almeida Couto de Castro Junior. Advogado – OAB/SC 17.801 Direito Imobiliário e Empresarial
Data: 08 de agosto de 2013

        Verificação da idoneidade do vendedor/construtor Esse incorporador já possui obras concluídas? Qual o padrão dos serviços apresentados? O que dizem os antigos compradores? Existem ações judiciais contra esse incorporador? Qual a natureza dessas ações? Existem reclamações junto ao PROCON? O mercado imobiliário é muito restrito. Um bom consultor de imóveis poderá dar a sua impressão quanto a empresa vendedora. Busque essa informação idônea antes de firmar o negócio.

        Verificação da compatibilidade do preço Desconfie de negócios espetaculares. Uma empresa séria precisa gerar lucro na operação. Deve receber a contraprestação correspondente ao produto. Essa construtora certamente recusará uma bicicleta usada como entrada do negócio. Se aceitar, desconfie. Possivelmente você se decepcionará logo a frente. Apartamentos muito baratos tendem a oferecer muito pouco aos adquirentes, especialmente em relação ao acabamento. Prefira negócios com preços equilibrados.

        Verificação da matrícula atualizada do imóvel e registro de incorporação Passadas as duas peneiras acima, essencial que se busque no cartório de registro de imóveis competente a matrícula atualizada do imóvel. Com esse documento o comprador poderá verificar em nome de quem o terreno está e se possui algum ônus que venha a macular a operação. Também deverá constar dessa matrícula o registro de incorporação, que é a garantia do adquirente de que a obra será efetuada, vinculando o terreno à operação. Não havendo registro de incorporação, a construtora não poderá vender o bem. Poderá, no máximo, efetuar um pedido de reserva da unidade, entretanto, sem qualquer contraprestação pecuniária.

        Saiba o que se está comprando Em que andar encontra-se o imóvel? Não confie na numeração. Alguns apartamentos 201 ficam no primeiro andar, logo após a garagem. Qual a posição do sol para a sua unidade? Poderá perder a sua vista caso construam ao lado? Qual a localização do seu box de garagem? É coberto? Veja na planta. Faça constar a planta com essa sinalização anexa ao contrato. Qual a metragem do imóvel? Compare os folhetos promocionais com o memorial descritivo.

        Verificação da sua saúde financeira Antes de firmar contrato, verifique se possui saúde financeira para arcar com as despesas. No caso de financiamento bancário, até então o comprometimento de renda não pode ser superior a 30% dos seus rendimentos. Se você já tem parte dessa renda comprometida com outros financiamentos, como o caso do automóvel, a sua capacidade de endividamento será reduzida e poderá significar um valor menor do que o necessário para quitar o bem. Nessa hipótese, a construtora cobrará diretamente a diferença, com acréscimos legais, e você poderá ficar sem as chaves enquanto não quitar, ou até mesmo ter o seu contrato rescindido por inadimplência.

        Leitura atenta do contrato e do memorial descritivo A partir da assinatura do contrato particular de promessa de compra e venda, as partes, comprador e vendedor assumem direitos e obrigações recíprocas. Até então, os negócios poderiam ser desfeitos sem gerar ônus. Importante, nesse passo, atentar para as condições da venda. Leia atentamente o contrato e questione cláusula por cláusula. Não assine nenhum contrato sem antes esclarecer todas as suas dúvidas com o seu corretor de imóveis. Também necessária a leitura atenta do memorial descritivo. Lá constará minuciosamente os detalhes da edificação. Importante que tenha ciência do que se está comprando.

        Cobre atenção do seu corretor de imóveis O consultor, além da aproximação do comprador ao produto, tem o dever legal de buscar informações sobre a operação e transmiti-las ao comprador. O dever do consultor é de cuidado e informação. Peça a ele as certidões de matrícula com o registro de incorporação. Questione-o sobre a idoneidade do incorporador. Sobre esse importante serviço ele fará jus a comissão correspondente. Pague com satisfação. Um bom consultor de imóveis terá o maior prazer de atendê-lo com qualidade.

        Consulte a um advogado Antes da assinatura de qualquer contrato consulte um advogado de confiança. São trinta minutos que significarão anos de bom sono. O advogado atuará para esclarecer os riscos da operação e ressaltar eventuais pontos de conflito no contrato.